A afirmação contraria o depoimento do instrutor de voo de Luiz Carlos na época do crime, Alberto Bazaia Neto, que reforçou os argumentos da acusação para incriminar Gil. Ouvido como testemunha na terça-feira (19), ele afirmou ter ouvido da vítima que Gil havia roubado o dinheiro da empresa, o que desencadeou uma série de atritos entre pai e filho.
Segundo Moura, apenas uma perícia contábil poderia apontar se o roubo ocorreu e sua autoria. O contador, porém, afirmou que é praxe, especialmente em empresas familiares, que pessoas assinem em nome de outras. Ao ser indagado se Gil Rugai tinha autorização para assinar documentos ou cheques em nome do pai, Moura não soube responder. Logo após o término de seu depoimento, a defesa dispensou a testemunha José Eugênio de Moura, irmão de Edson e também contador.
O julgamento de Gil Rugai, de 29 anos, acusado de matar o pai e a madrasta há quase nove anos em São Paulo, entra no terceiro dia nesta quarta-feira, 20, com a previsão de os jurados ouvirem o depoimento de mais oito testemunhas, desta vez arroladas pela defesa. Desde segunda-feira, seis pessoas prestaram depoimento - cinco de acusação. O réu é acusado de ter assassinado a tiros Luiz Carlos Rugai, de 40 anos, e a mulher dele, Alessandra Troitino, de 33, em 28 de março de 2004 na mansão onde o casal morava em Perdizes, na zona oeste. A sentença deve sair nos próximos três dias.