Depois de ser afastado da presidência da Igreja Maranata, o pastor Gedelti Victalino Gueiros entrou na Justiça pedindo para reassumir o posto. Gedelti e outras 26 pessoas estão sendo investigadas pelo desvio de R$ 21 milhões doados pelos fiéis.
O desembargador Raldênio Bonifácio Costa, do Tribunal Regional Federal (TRF da 2ª Região) assinou o habeas corpus que autoriza Gedelti a voltar ao posto, mas ele continua sem poder entrar no Presbitério de Vila Velha (ES) pela decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, que ainda está valendo.
Foi essa decisão que afastou não só o presidente como outros diretores da denominação exigindo a nomeação de novos pastores para ocupar os cargos deixados em aberto.
As finanças da Maranata estão sendo investigadas pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontando também para o enriquecimento ilícito de alguns pastores.
Gueiros está na lista dos pastores da denominação que tiveram movimentações financeiras superiores aos valores declarados no Imposto de Renda. De acordo com o jornal A Gazeta, a Maranata nega o enriquecimento ilícito de seus pastores e justifica o aumento dos ganhos de seu ex-líder dizendo que ele vendeu algumas propriedades entre 2008/2011 o que aumentou sua movimentação financeira.
A assessoria da igreja respondeu ao jornal capixaba dizendo que “lamenta que tais leviandades construídas por uma dissidência da igreja atentem contra os pilares firmes que há 45 anos sustentam a instituição” e sobre Gueiros diz que os bens que ele possui são “fruto do trabalho de toda uma vida.